sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Viver ou viver

Tentar entender a vida é sempre intrigante e perturbador (mas abaixo do texto te lembrarei isso). Chega-se, na maioria das vezes, a consensos que derrubam as expectativas de encontrar respostas concretas e aceitáveis sobre o que se questiona. Quer um exemplo? Imagine as doenças ditas hereditárias, aquelas que se manifestam com freqüência maior em pessoas inseridas em grupos familiares onde já existiu algum caso desta doença. Pode-se usar como exemplo a Asma e a Diabetes.

Agora imagine você, ou qualquer ser humano, desde o seu momento de concepção até a sua morte, tendo que conviver com alguma delas, ou até as duas, pelo simples fato de alguém na sua árvore genealógica já a ter tido. Você não tem opção, é algo arbitrário, você nasce com isso e ponto final. Daí você se consola com a idéia de que "a medicina é capaz de fazer com que se conviva com essa doença até morrer por outro motivo, de velhice, por exemplo." É fácil chegar a essa conclusão, o ser humano é habituado a se apegar às soluções impostas sem ao menos questionar-se qual o motivo verdadeiro de carregar tal enfermo.

Ao tentar manter um pensamento mais racional sobre o assunto, é fácil perceber que o verdadeiro culpado por esta doença existir até hoje é o próprio avanço da medicina. Segundo as teorias de seleção natural de Charles Darwin, fica consagrado que a sobrevivência é privilégio dos mais fortes, ou seja, dos que tem uma maior capacidade de adaptação. A medicina, desde sempre, vem burlando esse conceito, fazendo com que gerações inadaptadas criem novas gerações, e assim sucessivamente (lembra o que eu disse? Chega-se sempre a consensos perturbadores), algo que teoricamente não existiria se a teoria de Darwin não fosse driblada.

É fato que não podemos ser tão insensíveis ao tratar de outras vidas. É como se essas outras vidas fossem seres excepcionais, excluídos do direito de viver, e não dá pra pensar assim, ainda mais, quando os “seres” do assunto são seres humanos. Afinal existe conosco uma compaixão e uma comoção com o próximo, que nos dá a incumbência da preservação à vida. Mas enfim, o certo é que, graças a medicina, é possível viver e gerar novas vidas burlando o conceito Darwiniano que indica os destinados a não-vida, mas fazer o quê? Sobram só as duas opções do título.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Documentário: A Carne é Fraca

O documentário discute de forma clara e objetiva as conseqüências diretas e indiretas causadas ao meio ambiente pela expansão da agropecuária, e demais criatórios de animais, para abastecer o mercado consumidor de carne. Demonstra, com dados alarmantes, como o crescimento da produção de carne bovina – que dobrou no Brasil, nos últimos sete anos, chegando a marca anual de 7 milhões de toneladas – atinge diretamente no aumento da degradação do meio ambiente. Segundo dados exibidos no documentário o consumo de carne é o maior causador do problema ambiental do planeta. No Brasil, a agropecuária é o maior responsável pelo desmatamento na mata atlântica, na caatinga e no cerrado, sem falar nos 2/3 de todo o CO2 emitido no país atribuído ao desmatamento da Amazônia, seja por expansão da agropecuária ou por exploração da madeira. Ainda acrescenta a grande quantidade de gás metano, vinte vezes mais nocivo a camada de ozônio que o CO2, emitida pelos rebanhos de gado.

Outro problema apontado no mesmo documentário diz respeito à quantidade de água utilizada para expansão da agropecuária. Segundo dados exibidos, em defesa do vegetarianismo como uma prática saudável e indispensável para o equilíbrio ambiental, para se produzir um quilo de carne exige-se a utilização de 15 mil litros de água. Muitos países já não têm mais água para sustentar seus rebanhos. O que o Brasil pretende com a expansão agropecuária? É lógico, lucro imediato. O avanço da agropecuária aparece como um mercado próspero a curto e médio prazo pelo fato do Brasil estar gozando de uma posição que os demais países que disputam o mercado internacional de exportação de carne não desfrutam. A abundância de água. Agora, será que em longo prazo essa corrida pela expansão da agropecuária nos renderá bons lucros?

João Meirelles Filho é categórico no documentário, “O consumo de carne é o maior problema social e ambiental do planeta”. Fora os dados já citados no início desse artigo, Meirelles acrescenta que o problema não é só na agropecuária. O mercado de carne suína, e de aves e peixes, por conta de cerca de 100 milhões de toneladas de nutrientes que são despejados sem nenhum controle nos rios e mares, é o principal causador de desequilíbrios ecológicos nesse eco-sistema. As conseqüências já podem ser observadas em alguns lugares com o aumento descontrolado da incidência de algas marinhas.

Também é atribuída a opção pelo consumo de carne como a maior causadora da fome no planeta. Estima-se que cerca de 10% a 20% da população mundial coma carne, não por acaso, essa é a parte mais rica da população. O agronegócio nacional é responsável por uma das maiores produções de grãos do mundo, no entanto produz basicamente para exportação e alimentação de animais, e não, para alimentação de pessoas. Segundo o documentário, o melhor caminho para se combater a fome seria vender aos famintos os grãos utilizados para alimentação animal.

Questiona-se também no documentário os direitos dos animais, como seres vivos, devido aos maus tratos no qual são submetidos. Os animais criados para o abate não escolhem sua alimentação, são submetidos a campos de engorda, e alimentados por rações ricas em nutrientes, além de serem submetidos a intoxicação por anabolizantes e agrotóxicos utilizados no combate a doenças e feridas na pele. No caso das aves, o stress que elas são submetidas faz com que expressem o canibalismo, algo nada convencional em um animal que é herbívoro por essência.

Atribui-se ao mercado de vitela o rótulo de mercado mais imoral do mundo. O bezerro, ainda não desmamado, é submetido a situações “desumanas”, por um simples luxo do homem em querer comer um tipo de carne diferente, o que está aumentando também o consumo de outros tipos de carnes como avestruz, caças e animais exóticos.

O sofrimento dos animais, devido às atrocidades praticadas nos abatedouros, não chega ao conhecimento do consumidor, pelo contrário, o mercado nos vende uma imagem ilusória através de símbolos característicos dos bens de consumo, onde transparece o produto final e se camufla a cogitação de aquele produto um dia foi um ser vivo. Não é a toa que os abatedouros não permitem que se registre o processo de abate.

É preciso que se entenda o papel de cada um em torno desse tema, assim como cita um dos entrevistados “ser vegetariano é uma questão filosófica”, e acredito que nem todos estejam preparados para assumir essa questão de tal forma, mas por outro lado é possível assumir que o problema existe e tentar a partir daí exercer uma mudança nos hábitos alimentares, não que deva parar totalmente de comer carne, mas no mínimo reduzir o seu consumo, afinal, não adianta só falar é preciso fazer.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

*

Depois que se desmancharam as trincheiras, respirei aliviado.
Mesmo assim, ainda lembro do antes.
Caras pintadas, fardas distintas, gritos de guerra, socos de polícia, correria, pânico...

Eleição no interior é uma guerra campal!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Realidade, percepção, linguagem e comunicação. Abra o olho!

Para estudar a realidade é preciso compreender que ela não é única. A realidade é um conceito lapidado a partir do conhecimento único de cada um, originado da sua vivência. Ao entendimento da sua realidade é preciso atribuir a certeza de que não se pode tomá-la como conceito universal. É unicamente um conceito próprio, tirado de um ponto de vista (de um enfoque), que pode até ser um conjunto de pontos de vistas, mas que não esgotará a infinidade de possibilidades de interpretação da mesma realidade.

Tendo entendido isso podemos atribuir como grande colaborador, se não o maior na criação da realidade de cada um, o conceito de percepção, que é o estudo do tramite entre recepção e emissão, ou se preferir entre receptor e emissor, no qual podemos exemplificar a mídia e o público.

No mito ou alegoria da caverna, de Platão, podemos perceber um pouco como funciona a idéia de percepção. Ao tentarmos entender porque o “herói” (o que se libertou da caverna) ver ignorância nos que ainda estão presos, e por contra ponto os que estão presos vêem no “herói” a loucura? É uma questão de percepção, o herói ao entrar em contato com a luz do sol (a sabedoria), passou a enxergar o quanto ignorante foi, e o quanto continuam sendo os que ainda estão presos. Por outro lado, os que ainda estão presos não conseguem entender como é possível ser real a afirmação do “herói”. A percepção só é possível através da constatação do fato. Levando em consideração também que a comunicação só funciona por completo, quando o emissor consegue atingir e mediar com algo já existente na capacidade perceptiva dos indivíduos, a partir da aproximação entre a recepção e a emissão.

Pensando em como se chegar a esse ponto de aproximação, onde a “realidade” possa ser compreendida pelo receptor, é que se encontra o conceito de linguagem. Ela deve ser estabelecida não para se impor verdades, mas para se criar discussões a cerca do que está sendo emitido. O receptor deve ter seu senso crítico atiçado pela informação emitida, e isso só é possível através da forma da linguagem utilizada pela emissão, que nada mais é que a comunicação se formando. A comunicação só se dá de fato se o receptor e o emissor estiverem próximos, em um mesmo campo de interpretação, e usurfruindo da mesma linguagem.

As mídias em geral (impresso, rádio e TV), sabem disso. Usam e abusam dessa informação para poder nos manter como cordeirinhos do que ela nos propõe (ou nós mesmos propomos). Abra o olho.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Outro

Não sou igual a você. Podemos ter nascido na mesma cidade, compartilhar a mesma língua, torcer pro mesmo time, brigar pela mesma causa, mesmo assim, nem de longe, és igual a mim. E digo em todos os sentidos (excluindo o fato se sermos seres humanos).

Reconhecer que o Outro é um ser singular e estudar essa particularidade em cada um, admitindo que cada um é único, nos abre um leque de informações que talvez passassem despercebidas. É possível tirar muito proveito para a vida ao observar o outro, como, entender seus costumes culturais, ideologias e aprender através dos erros e acertos que poderão ser analisados em terceira pessoa, sem riscos.

Temos que compreender que existe um dever de responsabilidade para com o Outro, sem esperar nada em troca, pelo simples fato de conhecer e respeitar as distinções entre nós. É preciso que se enxergue as singularidades, não posso ver o Outro como parte de mim - como “nós”. É como se isso tornasse frágil uma relação que só existe por causa da conciencia mútua da existência das distinções. Ocorre uma quebra do contexto social, pois, a unificação, nesse caso, anda de mãos dadas com a fragmentação.

Explicando melhor, é preciso entender que precisamos do Outro, e ele de nós. Posso até em algum momento dizer que somos iguais - eu e o Outro - porém, como um todo, para uma convivência social, temos que enxergar as diferenças.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Algo Nesse Insumo me Torna Obstinadamente Ruim

Vou, levanto.
Volto novamente, é só um pouco...
Putz!
Levanto de uma vez.
Banheiro, cozinha, rua.
Equilibro nos degraus escorregadios, e sigo.
Sinal de parar.
Paro.
Sinal de seguir.
Corro!
Adentro o expresso antes da parada dele.
Lá dentro, escoa gente pelo ladrão.
Fico no fundo até uma parada antes da minha.
Daí é um empurra-empurra só.
Chego a minha parada, que na verdade não é minha, nem muito menos parada.
É o início da caminhada.
Caminho.
Passo a moça do mingau.
A moça do posto e a do cuscuz.
Após alguns, “Bom dia” e alguns “olá”, chego.
Registro, e entro.

O dia passa,
Um dia inteiro passa.

Saio e registro.
Sigo a passos rápidos.
Avisto a parada.
E avisto o expresso vindo.
Começa a correria.
Às vezes dá certo.
Quando dá, sento.
Se não dá, fico em pé mesmo.
A expectativa aumenta.
Já estou chegando.
Quando avisto a minha parada, peço parada.
Desço.
Ando mais um pouco, adentro.

E finalmente,
Me liberto da ROTINA.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Afronte aos desinformados: A Ditadura Mulher

- Essa dita dura mulher de hoje
Que se faz tão doce - e de fato é -
Ao transbordar paciência, com toda
Sapiência de quem não perde a fé

Fé da mulher profetisa, com o descaso que é
Dos adornos de casa, do segrega-mulher
Dos seus dias iguais, com manhãs enxovais
E poeiras astrais que lhe marcam mulher

Trago isso comigo
É assim que vos digo, e acredito que é.

- Abre teu olho homem, larga esse osso.
Não vê que é esse o seu colosso estorço?
Pois os direitos que tu pensas que elas não merecem
Já se foram lavrados, e a todos padecem

Ela governa tua casa, teus filhos e tuas asas
Comanda teu almoço, teus amigos e tuas fardas
Não te pede dinheiro, se vira do jeito que puder
E ainda assim te satisfaz, não porque tu mereces

Mas porque ela quer
Acorda moço, tu vives uma Ditadura Mulher!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Entre o volante e o assento para idoso

- Que história é essa aí de que o poder mudou?
- Mas é, mudou mesmo.
- Oxi! Como assim?! Quem é esse aí?
- É o mais novo poderoso! (risos)
- Ah tá bom então. Mas com esse sorriso todo aí parece mais propaganda de creme dental!

(Risos, risos...)

- Mas é sério pô o nome dele é "Baraquiobama"!
- Baraqui'o quê?!?
- "Baraquiobama", esse cara aí da foto, o novo dono do poder.
- Hum... É dos Estados Unidos é?
- É.
- ... Tá bom! E o Brasil, que é que tem com isso?!?
- Sei lá. São aqueles velhos ladrõezinhos de colarinho branco de sempre, é só esperar que daqui a pouco eles se espalham por aí e a gente fica sabendo "qualé-de-mermo".
- Hum... Tô "mermo" ligando pra esses "côrno", "de-por-mim" eles mudam de poder eternamente.
- É. Mas "cê" tem razão, parece propaganda de creme dental mesmo!
- Tô dizendo.

(Risos, risos...)

- Oh lá ó! Volta pra lá que entrou passageiro.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

À Deus, Caymmi.

Para os seres de bons ouvidos e compostura mental
Ou simplesmente aos que nasceram em sua terra natal
Restou-vos o pranto, um debuxo de Bahia
Toda apressada
Pois o que antes era ermo, agora corre agitada

Aos homens restaram sortes e devaneios
Às mulheres, sobrou dignidade e anseios
Às crianças, simples e doces lembranças
A mim, o bom velho, o telha branca

À Deus, Caymmi.

De presente. O maior de todos os presentes.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Viver é pouco

“Hoje todo mundo vive como dá, e não como quer”. Ouvi isso um dia desses, e percebo uma coisa meio pejorativa girando em torno de tal assunto. Essa frasezinha, “viver bem”, há muito tempo deixou de ser tida como via de mão única, onde viver bem seria o único caminho para uma vida tranqüila e bem vivida. Na verdade o conceito de vida saudável do ser humano sofreu diversas alterações, contudo, da forma demasiada como é tida hoje, nem de longe se assemelha ao que – a meu ver – seja justificável como uma vida saudável.

Na contemporaneidade, há quem diga que o sentido da vida escapou-lhe as mãos num dado momento quando pensou sentir-se seguro de viver o glamour da essência humana, entretanto, descobriu-se em meio a uma tormenta que nem de longe lembrava o que engendrou dentro de si como o tal “sentimento amoroso pela vida” (se assim posso dizer). Isso acontece a todo o momento e com todo mundo.

Creio eu que um fator importante para esse “mal-estar” da atualidade pode ser exemplificado também pela gradativa perda dos conceitos herdados por gerações, que estão cada vez mais distanciadas da geração atual devido à eterna busca por um pilar de sapiência onde possa apoiar seus predicados e pensamentos filosóficos de forma a deixar que o resto aconteça como deve ser.

Esse é um tema vivenciado e abordado com temáticas discordantes, que ficam maquiadas no cotidiano ao ponto de passarem quase despercebidas. Afinal, quem sabe o que é bom pra mim? Acredito que ninguém, nem eu mesmo.

Mas enquanto não descubro qual o caminho certo, levo alguns “conceitos” comigo pra tentar diminuir a margem de erro, mas o único no qual confio com plena consciência, é que o erro já pode estar aí, no simples fato de tentar evitá-los.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

1ª Impressão


Papel em branco, só uma folha solta
À frente aponta em minha mente afoita
Declamam às postas de sentimento quente
Assim, displicentemente e onipotente

Pressupõe o encalço do próximo passo
Acalenta e atormenta feito fogo e aço
E a quem diz enxergar as digitais do mundo
Sai de lá como entrou, feito surdo-mudo

Se tomasse pra sí como uma “impressão de teste”
Sentiria que nem tudo é o que parece
E já serviria de consolo não ter julgado
O que ainda não foi vivido, apreciado

Virará descaso à vida póstuma que se implica
Pois essa mesma se faz em água ao escoar nos dedos
Ressurgindo aos montes exclusões e medos
Ao fazer da primeira impressão, a que fica!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Ligar na manhã seguinte

Na fragilidade do dia-a-dia
Passam-se os ditos e desditos
Não entendendo mais o que ouvia
Nem engendrando o que antes sentia

Talvez por desgaste sensível do ouvido
Não a ouve mais como melodia.
Do que se arrepende, mas eu duvido
Que já se esquecera de amá-la um dia

É tudo interesse do comodismo
Que não
comete ausência durante vida
Nem se compõe refém da despedida
Mas faz esquecer-se de ligar na manhã seguinte


Coisas que antes eram atraentes, não se fazem mais tão belas, palavras que se diziam sem pensar, agora quase nunca são ditas. Ouvi dizer que com o passar do tempo isso é tido como normal... isto é, se você considera como normalidade algo que acontece a maioria.

Felizmente, hoje faço parte da minoria!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

De Mala e Cuia

As malas já estão na porta. Ao vislumbrar o novo lar percebo de cara que é outra vida, móveis novos, tinta fresca, casa nova!
A mudança era fundamental, afinal, é da minha índole explorar novos campos. Já estou tão acostumado com isso que nem tenho mais problemas para me adaptar as novidades.

Então, já arrumei a sala e estendí o tapete.
Seja bem vindo!

*Continua nesse novo sítio o Ponto e Fim, anteriormente hospedado em http://pontoefim.blog.terra.com.br