- Essa dita dura mulher de hoje
Que se faz tão doce - e de fato é -
Ao transbordar paciência, com toda
Sapiência de quem não perde a fé
Fé da mulher profetisa, com o descaso que é
Dos adornos de casa, do segrega-mulher
Dos seus dias iguais, com manhãs enxovais
E poeiras astrais que lhe marcam mulher
Trago isso comigo
É assim que vos digo, e acredito que é.
- Abre teu olho homem, larga esse osso.
Não vê que é esse o seu colosso estorço?
Pois os direitos que tu pensas que elas não merecem
Já se foram lavrados, e a todos padecem
Ela governa tua casa, teus filhos e tuas asas
Comanda teu almoço, teus amigos e tuas fardas
Não te pede dinheiro, se vira do jeito que puder
E ainda assim te satisfaz, não porque tu mereces
Mas porque ela quer
Acorda moço, tu vives uma Ditadura Mulher!
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Entre o volante e o assento para idoso
- Que história é essa aí de que o poder mudou?
- Mas é, mudou mesmo.
- Oxi! Como assim?! Quem é esse aí?
- É o mais novo poderoso! (risos)
- Ah tá bom então. Mas com esse sorriso todo aí parece mais propaganda de creme dental!
(Risos, risos...)
- Mas é sério pô o nome dele é "Baraquiobama"!
- Baraqui'o quê?!?
- "Baraquiobama", esse cara aí da foto, o novo dono do poder.
- Hum... É dos Estados Unidos é?
- É.
- ... Tá bom! E o Brasil, que é que tem com isso?!?
- Sei lá. São aqueles velhos ladrõezinhos de colarinho branco de sempre, é só esperar que daqui a pouco eles se espalham por aí e a gente fica sabendo "qualé-de-mermo".
- Hum... Tô "mermo" ligando pra esses "côrno", "de-por-mim" eles mudam de poder eternamente.
- É. Mas "cê" tem razão, parece propaganda de creme dental mesmo!
- Tô dizendo.
(Risos, risos...)
- Oh lá ó! Volta pra lá que entrou passageiro.
- Mas é, mudou mesmo.
- Oxi! Como assim?! Quem é esse aí?
- É o mais novo poderoso! (risos)
- Ah tá bom então. Mas com esse sorriso todo aí parece mais propaganda de creme dental!
(Risos, risos...)
- Mas é sério pô o nome dele é "Baraquiobama"!
- Baraqui'o quê?!?
- "Baraquiobama", esse cara aí da foto, o novo dono do poder.
- Hum... É dos Estados Unidos é?
- É.
- ... Tá bom! E o Brasil, que é que tem com isso?!?
- Sei lá. São aqueles velhos ladrõezinhos de colarinho branco de sempre, é só esperar que daqui a pouco eles se espalham por aí e a gente fica sabendo "qualé-de-mermo".
- Hum... Tô "mermo" ligando pra esses "côrno", "de-por-mim" eles mudam de poder eternamente.
- É. Mas "cê" tem razão, parece propaganda de creme dental mesmo!
- Tô dizendo.
(Risos, risos...)
- Oh lá ó! Volta pra lá que entrou passageiro.
terça-feira, 19 de agosto de 2008
À Deus, Caymmi.
Para os seres de bons ouvidos e compostura mental
Ou simplesmente aos que nasceram em sua terra natal
Restou-vos o pranto, um debuxo de Bahia
Toda apressada
Pois o que antes era ermo, agora corre agitada
Aos homens restaram sortes e devaneios
Às mulheres, sobrou dignidade e anseios
Às crianças, simples e doces lembranças
A mim, o bom velho, o telha branca
À Deus, Caymmi.
De presente. O maior de todos os presentes.
Ou simplesmente aos que nasceram em sua terra natal
Restou-vos o pranto, um debuxo de Bahia
Toda apressada
Pois o que antes era ermo, agora corre agitada
Aos homens restaram sortes e devaneios
Às mulheres, sobrou dignidade e anseios
Às crianças, simples e doces lembranças
A mim, o bom velho, o telha branca
À Deus, Caymmi.
De presente. O maior de todos os presentes.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Viver é pouco
“Hoje todo mundo vive como dá, e não como quer”. Ouvi isso um dia desses, e percebo uma coisa meio pejorativa girando em torno de tal assunto. Essa frasezinha, “viver bem”, há muito tempo deixou de ser tida como via de mão única, onde viver bem seria o único caminho para uma vida tranqüila e bem vivida. Na verdade o conceito de vida saudável do ser humano sofreu diversas alterações, contudo, da forma demasiada como é tida hoje, nem de longe se assemelha ao que – a meu ver – seja justificável como uma vida saudável.
Na contemporaneidade, há quem diga que o sentido da vida escapou-lhe as mãos num dado momento quando pensou sentir-se seguro de viver o glamour da essência humana, entretanto, descobriu-se em meio a uma tormenta que nem de longe lembrava o que engendrou dentro de si como o tal “sentimento amoroso pela vida” (se assim posso dizer). Isso acontece a todo o momento e com todo mundo.
Creio eu que um fator importante para esse “mal-estar” da atualidade pode ser exemplificado também pela gradativa perda dos conceitos herdados por gerações, que estão cada vez mais distanciadas da geração atual devido à eterna busca por um pilar de sapiência onde possa apoiar seus predicados e pensamentos filosóficos de forma a deixar que o resto aconteça como deve ser.
Esse é um tema vivenciado e abordado com temáticas discordantes, que ficam maquiadas no cotidiano ao ponto de passarem quase despercebidas. Afinal, quem sabe o que é bom pra mim? Acredito que ninguém, nem eu mesmo.
Mas enquanto não descubro qual o caminho certo, levo alguns “conceitos” comigo pra tentar diminuir a margem de erro, mas o único no qual confio com plena consciência, é que o erro já pode estar aí, no simples fato de tentar evitá-los.
Na contemporaneidade, há quem diga que o sentido da vida escapou-lhe as mãos num dado momento quando pensou sentir-se seguro de viver o glamour da essência humana, entretanto, descobriu-se em meio a uma tormenta que nem de longe lembrava o que engendrou dentro de si como o tal “sentimento amoroso pela vida” (se assim posso dizer). Isso acontece a todo o momento e com todo mundo.
Creio eu que um fator importante para esse “mal-estar” da atualidade pode ser exemplificado também pela gradativa perda dos conceitos herdados por gerações, que estão cada vez mais distanciadas da geração atual devido à eterna busca por um pilar de sapiência onde possa apoiar seus predicados e pensamentos filosóficos de forma a deixar que o resto aconteça como deve ser.
Esse é um tema vivenciado e abordado com temáticas discordantes, que ficam maquiadas no cotidiano ao ponto de passarem quase despercebidas. Afinal, quem sabe o que é bom pra mim? Acredito que ninguém, nem eu mesmo.
Mas enquanto não descubro qual o caminho certo, levo alguns “conceitos” comigo pra tentar diminuir a margem de erro, mas o único no qual confio com plena consciência, é que o erro já pode estar aí, no simples fato de tentar evitá-los.
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